As queimadas na Amazônia têm sido um tema de grande preocupação ao longo dos anos. O aumento ou redução das queimadas está diretamente ligado às políticas ambientais impostas pelos diferentes governos do Brasil. Este artigo apresenta uma análise comparativa dessas políticas, abordando como cada impactou na floresta e na preservação da Amazônia.
Queimadas na Amazônia: Um Problema de Governo
As queimadas na Amazônia são um fenômeno recorrente, pois, tem variações significativas de intensidade a cada ano. Além disso, tem fatores climáticos e econômicos para essas flutuações, mas as políticas governamentais também desempenham um papel essencial. Historicamente, governos que adotaram posturas mais rigorosas em relação à preservação ambiental conseguiram controlar melhor as queimadas. Enquanto administrações mais permissivas enfrentaram um grande desafio quanto as queimadas na Amazônia.
Porém, nos últimos anos, a questão das queimadas é ainda mais relevante. A pressão internacional e a exigência de proteção ao meio ambiente são cada vez mais fortes. A Amazônia, que é considerada a mobilidade do mundo, tem um papel crucial na regulação climática global. Por isso, a comparação entre governos é importante para entendermos o impacto das políticas e ações na conservação da floresta.

Políticas Ambientais e Suas Consequências
Cada governo brasileiro desenvolveu diferentes estratégias para lidar com as queimadas e o desmatamento. Abaixo, faremos uma comparação entre os principais períodos governamentais, com foco em como cada administração o desafio das queimadas na Amazônia.
Governo Lula
Durante o governo Lula, o Brasil experimentou uma política de preservação ambiental mais forte, especialmente a partir de 2004. Com a criação do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), o país reduziu o desmatamento. Em consequência as queimadas na Amazônia, melhorou a fiscalização de incêndios florestais.
Portanto, dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mostram que, entre 2004 e 2010, a área de queimadas na Amazônia foi reduzida em cerca de 75%. Essa política de maior fiscalização e o controle de atividades ilegais, como o garimpo e o desmatamento, foram fundamentais para reduzir as queimadas na Amazônia.
Dados de Queimadas – Governo Lula
Ano | Área Queimada (km²) |
---|---|
2003 | 27.000 |
2004 | 26.000 |
2005 | 16.000 |
200 | 14.200 |
200 | 11.651 |
200 | 8.147 |
2009 | 7.000 |
2010 | 6.451 |
Governo Dilma Rousseff
Contudo, no governo Dilma, as políticas ambientais tiveram alguns retrocessos. Críticos afirmaram que a aprovação do Novo Código Florestal em 2012 flexibilizou as leis de proteção ambiental, o que, segundo especialistas, facilitou o aumento das queimadas na Amazônia. No entanto, nos primeiros anos do governo ainda contaram com os efeitos positivos das políticas anteriores.
Os números de queimadas se mantiveram relevantes entre 2011 e 2014, mas voltaram a subir a partir de 2015, coincidindo com as estatísticas de governos anteriores.
Dados de Queimadas – Governo Dilma
Ano | Área Queimada (km²) |
---|---|
2011 | 6.900 |
2012 | 7.000 |
2013 | 7.000 |
2014 | 8.000 |
2015 | 14.979 |
2016 | 14.858 |
Governo Temer
Durante o governo Temer, as queimadas continuaram a aumentar. Ou seja, o enfraquecimento das leis ambientais e cortes no orçamento para órgãos como o IBAMA e o ICMBio desenvolvem para essa elevação. Além disso, a falta de fiscalização adequada permitiu que atividades ilegais, como o desmatamento para a pecuária e a agricultura, voltassem a crescer. Isto é, impactando diretamente no aumento das queimadas.
Dados de Queimadas – Governo Temer
Ano | Área Queimada (km²) |
---|---|
2016 | 14.800 |
2017 | 19.946 |
2018 | 22.000 |
Governo Jair Bolsonaro
Por consequência, o governo Bolsonaro foi marcado por uma política ambiental considerada permissiva em relação ao desmatamento e às queimadas. Pois, a fiscalização foi enfraquecida e, segundo dados do INPE, as queimadas atingiram níveis alarmantes. Desse modo, organizações internacionais e especialistas apontam que a postura do governo incentiva práticas ilegais, como grilagem de terras e exploração de madeira. Ou seja, ele permite que façam atividades que gerem o aumento das queimadas.
Em 2019, o número de queimadas na Amazônia cresceu significativamente, isto é, levando a uma crise internacional. Além do que, o desmonte dos órgãos de fiscalização e da rede Nacional propiciaram um avalanches de focos de incêndios ilegais na Amazônia.
Dados de Queimadas – Governo Bolsonaro
Ano | Área Queimada (km²) |
---|---|
2019 | 30.000 |
2020 | 29.000 |
2021 | 28.000 |
2022 | 32.000 |
Governo Lula
Em 2023, com a volta de Lula à presidência, as expectativas de uma política ambiental mais rigorosa cresceram. O novo governo propôs uma reativação de medidas de proteção à Amazônia, prometendo combater o desmatamento e as queimadas. Embora ainda seja cedo para uma análise completa, já foram registrados esforços para aumentar a fiscalização e aplicar multas mais rígidas em quem realiza atividades ilegais.
Os dados preliminares de 2023 mostram uma redução nas queimadas em comparação aos anos anteriores, porque destaca a redução de focos de incêndios em relação aos anos anteriores.
Dados de Queimadas – Governo Lula (2023)
Ano | Área Queimada (km²) |
---|---|
2023 | 25.014 |
Políticas Ambientais Para a Proteção da Amazônia
Uma análise dos dados de queimadas ao longo dos governos mostra que políticas ambientais consistentes e rigorosas são essenciais para a proteção da Amazônia. Já que, Governos que priorizam o combate ao desmatamento e fortalecem órgãos de fiscalização conseguem reduzir os focos de incêndio. Por outro lado, administrações que flexibilizam as leis ambientais ou enfraquecem a fiscalização veem um significativo nas queimadas.
Essa comparação entre governos ao longo dos anos demonstra como as decisões políticas impactam diretamente na preservação da floresta amazônica. É crucial que o Brasil adote medidas eficazes para garantir a proteção desse bioma que impacta o mundo tanto com efeitos positivos como negativos.