A fumaça que acordou Belém na madrugada

No último sábado, moradores de Belém viveram uma madrugada incomum. Um forte cheiro de fumaça tomou conta de vários bairros, surpreendendo a população. Desde a noite de sexta-feira, o odor já era perceptível, mas foi durante a madrugada que a intensidade aumentou, despertando inquietação nas redes sociais.

A explicação veio rápida e alarmante: a fumaça era consequência das queimadas que devastam o Pará. Ventos e condições climáticas levaram partículas de poluição para áreas urbanas, criando um cenário insustentável. Não era apenas um fenômeno atmosférico; era um alerta gritante do impacto humano sobre a natureza.

Queimadas no Pará: um problema além da floresta

O Pará lidera o ranking nacional de desmatamento e queimadas. Em 2023, o estado registrou recordes preocupantes, consolidando sua posição como epicentro da destruição florestal no Brasil. As queimadas, muitas vezes iniciadas para limpar áreas para agropecuária, não respeitam limites. Elas ultrapassam os campos e alcançam as cidades, afetando diretamente a qualidade de vida dos moradores.

O custo ambiental e econômico das queimadas

Além dos efeitos diretos na saúde, as queimadas causam prejuízos irreparáveis ao meio ambiente. A destruição de florestas nativas do Pará compromete a biodiversidade, extinguindo espécies e desequilibrando ecossistemas inteiros.

Economicamente, o impacto também é devastador. Dados apontam que o combate aos incêndios custa milhões aos cofres públicos. Isso sem contar os prejuízos à agropecuária, que depende de condições climáticas estáveis e solos saudáveis para prosperar.